segunda-feira, 11 de março de 2013


Fotos que marcaram


“Forró tem que ser assim”, Show musical realizado na Estação Cabo Branco, na gravação do seu DVD

Bira show 2
Quero, desde já agradecer ao Diretor Administrativo, a equipe e principalmente aos leitores deste importante Jornal, que tiveram participação  de incentivo ao nosso trabalho. Fiquei por demais feliz, com as ilustres presenças, no show, dos membros do nosso Diário PB.
O Diário PB é um portal de notícias, que tem uma atuação mas comprometido com um jornalismo ético que usa as ferramentas da tecnologia moderna para buscar e divulgar a verdade acima de tudo. No Diário PB o internauta encontra os mais variados assuntos como: política, esporte, internacional, policial e principalmente cultura da nossa cidade/estado sem, no entanto, relegar os outros assuntos de interesse da comunidade.
No diário PB o internauta pode interagir,  postando comentários, notícias, fotos e vídeos, propiciando uma interação exigida pelos modernos meios de comunicação.
Meus prezados, eu me divirto com o que faço, principalmente, após ter me aposentado como professor do colégio Marista Pio X.  Enquanto eu dava minhas aulas e convivia com muita gente da educação, sobretudo jovens, fui construindo e aperfeiçoando, paralelamente, a prática cultural, dando vazão a minha veia artística que se manifestava desde menino. Ai não tive dúvida, adotei o vasto mundo dos sertões nordestino como tema. Neste show, que teve a participação na  abertura do nosso pernambucano e recifense, Paulo César do Acordeon, além da belíssima saudação do grande poeta Oliveira de Panelas,  tentei passar para o público que lotou o Teatro da Estação Ciência, uma oralidade nordestina, onde o público percebeu fácil, exigindo de mim a poética do sertão, de uma imagem de um homem rústico que somos, como diria Euclides da Cunha, “antes de tudo um forte” e um sobrevivente. Desejo e espero em breve, que os meus conterrâneos paraibanos, que não estiveram presentes neste último momento, também, “deixem meu verso passar na avenida”.

Bira Delgado canta ao lado de Antônio Barros e Cecéu e Mayra Barros no Parque do Povo em Campina Grande, confira as imagens

Bira Delgado “ Juntos num só ritmo, o FORRÓ”!  São João/2012
O casal paraibano Antônio Barros e Cecéu abriu a noite de apresentações no palco do Arraial Hilton Motta, no Parque do Povo, em Campina Grande, neste sábado (16).
Em seguida, a filha do casal, Mayra Barros, foi chamada por Cecéu e dividiu o Palco com Bira Delgado.


CD de Bira Delgado é destaque no Forró em Vinil

cd bira
Bira Delgado é natural do Moxotó, sertão de Pernambuco, mas há 35 anos mora em João Pessoa.
Na área musical, participou do CD Do Mato, de Bebé de Natércio, Coletânea da Só Forró-PB/2008. Já participou de vários trabalhos com o mestre Ariano Suassuna, Oliveira de Panelas, Dominguinhos, Clã Brasil, Daudeth Bandeira, Jessier Quirino.
O grupo que acompanha Bira Delgado é formado por jovens músicos, que há quatro anos vem fazendo espetáculos musicais na Paraíba e em outras cidades do Nordeste. Com este trabalho, o grupo pretende dar prosseguimento à profissionalização, divulgação e valorização da cultura nordestina.”
Participação especial de Maciel Melo na faixa Chuvendo sinceridade, sua autoria; e de Biliu de Campina na faixa “Forró tem que ser assim” de Bebé de Natércio.
Bira Delgado – Na batida da cancela
01 Chuvendo sinceridade (Maciel Melo)
02 Forró tem que ser assim (Bebé de Natércio)
03 Na batida da cancela (Bebé de Natércio)
04 Derretendo a seda (Maciel Melo)
05 Meu peito pra você (Bebé de Natércio)
06 Riso de canto a canto (Bráulio Medeiros – Xico Bizerra)
07 Letra I (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
08 Diga (Bebé de Natércio)
09 Cantiga de Vem vem (Zé Marcolino)
10 Peito de poeta (Bebé de Natércio)
11 Saudade do meu pé de serra
12 Se ela não voltar (Bebé de Natércio)
13 Prece a São Francisco (Bebé de Natércio)
Para baixar esse disco, clique aqui.

Homenagem ao Centenário de Gonzagão‏

Dia Nacional do Forro
Depois de participar de várias homenagens ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga, a Ex. de: Estação Ciência, Cultura e Arte, Cabo Branco, Recife-PE(Sala de Reboco, Casa do Forró, Mercado da Madalena, Casa de Mainha), em Arcoverde-PE, No Forró Vip, No Maior São João do Mundo em Campina Grande, chegou a vez de João Pessoa, assistir vários Artistas paraibanos, que farão esta justa homenagem a GONZAGÃO, entre eles, o nosso BIRA DELGADO.

Mickey Nordestino! Era só o que faltava…


Mickey Nordestino! Era só o que faltava…

Batizado de Projeto Nordeste, o conjunto de ilustrações feitas pelos artistas Derlon Almeida, do Recife, Érica Zoe, de Fortaleza, e Cau Gomez, de Salvador, servirá de referência para o desenvolvimento de produtos e ações de marketing com foco no público nordestino.
ONDE ESTÁ A NOSSA IDENTIDADE?
ESTAMOS COM ISSO DELETANDO A NOSSA CURUPIRA, O SACI PERERÊ, A MULA SEM CABEÇA…
CÂMARA CASCUDO DEVE ESTÁ ESTREBUCHANDO NO SEU TÚMULO!
Como consequência das tecnologias de surgidas no século XIX, a cultura de massa desenvolveu-se ofuscando outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. A chegada da cultura de massa acaba submetendo as demais expressões “culturais” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma articulação de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura de massa esteve sempre ligada ao poder econômico do capital industrial e financeiro. Desta forma, a massificação da cultura se dá através de um artifício totalitário, servindo a interesses econômicos.
Leia a matéria completa:http://www.nacaonordestina.org/mickey-nordestino/
Bira Delgado-PB

domingo, 10 de março de 2013

Bira Delgado defende Ariano para o Nobel


O professor Bira Delgado iniciou uma campanha em defesa do nome de Ariano Suassuna para o Prêmio Nobel de Literatura.
O texto escrito pelo professor pode ser conferido na íntegra, logo abaixo:
ESTE É O “CABRA” – NOBEL DE LITERATURA- 2011
Por Bira Delgado – Eu e minha mania de remar contra a maré. E desta feita, ela chama-se Ariano Suassuna.
Em meados de 2001, fui surpreendido com um telefonema. Do outro lado da linha estava o autor do Auto da Compadecida. E a conversa foi rápida, porém decisiva. A surpresa foi tamanha que até me pareceu um trote do meu amigo Ricardo Anísio.
A conversa transcorreu da seguinte forma: “é Bira é? Eu tô ligando pra meus amigos conterrâneos pra pedir às pessoas que eventualmente ainda pensam em sufragar meu nome na votação para o Paraibano do Século XX, que se juntem a mim para votarmos em Augusto dos Anjos, a fim de que a Paraíba não deixe de dar ao seu maior poeta este título tão merecido”.
Dias depois, Ariano veio à capital da Paraíba e utilizou a mídia para pedir aos seus conterrâneos que votassem todos em Augusto dos Anjos. Com a ajuda deste cabo eleitoral de peso, dias depois, Augusto dos Anjos liderava com folga a votação, à frente de personalidades como João Pessoa, Celso Furtado e do próprio Ariano Suassuna.
Esta é mais uma demonstração de grandeza deste homem, capaz de renunciar às próprias conquistas em nome de seus objetivos e ideais. Atitude dessas é para poucos.  Recentemente, o teatrólogo e escritor Tarcisio Pereira divulgou no seu Blog o seguinte texto: “Nobel para Ariano”. Não pretendo, portanto, deixar o nosso Tarcisio Pereira falando sozinho. É meu desejo também ouvir as vozes roucas das ruas.
Disse assim Tarcisio Pereira em seu texto, o qual assino em baixo com muito orgulho e firmeza:
“O Brasil nunca ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Dizem que a vez passou, que agora é necessário esperar décadas, talvez um século, pelo nascimento de um novo mito. Porque o conceito de mito – ou, neste caso, de gênio literário – geralmente se avalia pelos nomes passados. É um equívoco de várias vertentes: em primeiro lugar, não é preciso invocar Machado de Assis para se dizer que já não temos gênios; em segundo lugar, os contemplados com o Prêmio Nobel nem sempre são mitos, em que pesem os interesses políticos e diplomáticos daquela chamada Academia Sueca.
Quando se fala num Prêmio Nobel para o Brasil, são sempre lembrados os três nomes que supostamente concorreram, e esses três já não estão entre nós: Jorge Amado, Guimarães Rosa e João Cabral de Melo Neto.
Há quem diga que, na segunda metade do século, o Brasil perdeu a chance de contemplar um desses três. Vou mais longe, porque podemos enumerar outros nomes com o mesmo perfil, e que sequer foram lembrados: Érico Veríssimo, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Euclides da Cunha, Machado de Assis, Augusto dos Anjos e outros, talvez outros… Dizer quem merece, ou que foi merecedor dessa honraria é muito relativo. Alguém pode achar que Dias Gomes, por exemplo, não preenche os requisitos, mas eu acho que sim – como acrescento Monteiro Lobato, Mário de Andrade, José Américo de Almeida, etc.
Quando, em 27 de novembro de 1895, Alfred Nobel assinou o seu testamento, destacou que todo o resto de sua fortuna fosse destinado, anualmente, a premiar pessoas com serviços prestados à humanidade, especialmente nos campos da Física, da Química, à Fisiologia ou Medicina e à personalidade que mais ou melhor tivesse contribuído para a aproximação dos povos, este que é chamado hoje de Prêmio Nobel da Paz. No testamento, por último, ele acrescentou uma outra categoria, destinada ao autor de obras literárias de inspiração idealista.
Naquele mesmo testamento, Alfred Bernhard Nobel assim declarou, encerrando: “Desejo expressamente que os prêmios sejam conferidos sem qualquer consideração de nacionalidade, de modo a serem atribuídos aos mais dignos, sejam ou não escandinavos”.
É claro que, ao longo de mais de um século, nem todos os países do mundo foram laureados. É no mínimo espantoso, porém, que em mais de 100 anos um país continental como o nosso, berço de tantos autores de “inspiração idealista”, não tenha sido contemplado. Qual a razão? Será o Brasil assim tão pobre, no campo da literatura? Faltam obras meritórias ou até agora não houve articulação, não teve esforço político? Acredito mais na última hipótese.
Países pequenos e vizinhos, dessa grande América do lado de cá, já somam três prêmios: o Chile (para Pablo Neruda), Colômbia (Gabriel Garcia Márquez) e, recentemente, precisamente neste ano de 2010, o Peru (para Mario Vargas Llosa). O Brasil continua a ver navios e, pior que isso, os seus nomes mais lembrados já não estão entre nós.
Hoje, depois daqueles que se foram, é de se perguntar qual o brasileiro vivo possui o perfil, o mérito, a consistência, o requisito da chamada “inspiração idealista”. Eu também diria que existem nomes, mas acredito que Ariano Suassuna foi o que restou de um time formado há mais de meio século. Ariano, justamente o nosso Ariano, em que pese uma obra que sempre deu voz aos oprimidos, que é outra característica dos laureados.
O mito está entre nós, sem desmerecer outros nomes que talvez cheguem antes, e que nem enxergamos com essa perspectiva. Mas agora, considerada a presença, é chegada a hora do empenho político. O presidente Lula, se quiser, pode ser o porta-voz dessa boa demanda para uma certa nação que escreve muito, mas que lê tão pouco.
O mesmo presidente Lula que foi tão hábil, e tão convincente, ao atrair para o nosso país os próximos jogos olímpicos – algo mais disputado do que um prêmio Nobel, algo que exige os investimentos e, acima de tudo, o desafio de sepultar obstáculos como a propaganda negativa do crime, sem falar dos espinhos estruturais.
É possível que Ariano Suassuna, recolhido ao seu sossego na Rua do Chacon, em Recife, jamais tenha tido essa aspiração. Mas Ariano é patrimônio do mundo e hoje representa, creio, a maior lenda viva da palavra escrita em nosso país, faltando-lhe apenas a insígnia que esse Brasil não recebeu até hoje. Arrisco em dizer que, se Lula quiser, Ariano é o nome.”
Um grande abraço do Professor Bira Delgado.

sábado, 9 de março de 2013

Meu Professor...

Que surpresa extraordinária ao revê-lo em Van Dame, depois de tantos anos afastado do belo e harmônico convívio que tinham os alunos e  os professores, no sempre lembrado Pio X.
Demos um abraço apertado e sincero e você, sempre com a gentileza que marca os seus atos, disse-me que havia concedido uma entrevista recentemente e, nela, feito referências a mim, como um aluno que conquistara algum prestígio com o trabalho exercido, presenteando-me com um DVD contendo seu recente trabalho, e uma dedicatória emocionante.
Olhe, Bira, eu não tinha noção da atividade que você desenvolvia e, ao reproduzir o seu show no meu carro, senti, de cara, a qualidade do seu trabalho, não só pelos autores letras e das músicas, mas pela INTERPRETAÇÃO que você emprestou ao cantá-las. Confesso que já ouvi e vi o seu trabalho várias vezes. Ontem mesmo, ao ir a Catolé do Rocha para participar de audiência criminal, o seu DVD tocou umas três vezes, sempre me emocionando.Não esqueço, aliás decorei o verso de Bebé de Natércio, onde você diz assim, se não me engano: A gente aperreia mãe, às vezes ela se enjoa. Dá um tabefe na gente, que chega a cabeleira voa. Mas mesmo que deixe um aleijo, é melhor do que um beijo dado por outra pessoa!
Virei seu fã, de verdade.
Não sei se virei fã de um “trifúcio e farnezim”, mas virei!!!
Aliás, não sei nem o que significa isso. Se for bom, você faz jus. Se não prestar, pode devolver que, de você, eu recebo sem problema…
Aí eu pensei: de onde ele tirou a inspiração prá fazer um show daqueles, parecendo um Jackson do Pandeiro nas suas “infinitisses”, dizendo estar preparado para tudo, forró, xote, samba de breque e samba de latada (o que diabos é isso?)?
Pesquisei no Google e vi que você nasceu em Moxotó, aí entendi porque entoa de forma marcante a palavra, dizendo MOOXOOTÓÓ, arrastando mais ainda o nosso belo sotaque.
Vi que em Moxotó há o período das chuvas, compreendido entre janeiro e março, onde o rio recebe águas, transborda e leva a vida para toda a microrregião, para a terra fértil pela própria composição natural e pelo húmus de disposição para o trabalho dos filhos, um povo repleto de orgulho do torrão em que nasceu.
Não conheço a sua terra, mas imaginei ali a passarada a “arcoirizar” os céus, trazida pelo cheiro de vida que entorpece de vitalidade e esperança, diferentemente de outras plagas onde os pássaros a seca comeu, ou restam apenas os remanescentes sem canto pelo desencanto dos campos que se encantaram e não mais têm o calor e harmonia das grandes alvoradas de outrora.
Imaginei a viola, o bordão e a cabeça do velho violeiro em versos dolentes, em canções que retratam o resplendor de uma das mais viçosas terra do sertão, exprimindo, talvez, a saudade dos tempos virtuosos  em que a “mulher nova, bonita e carinhosa”, cantada por Otacílio Batista, acelerava seu ritmo cardíaco embaixo de uma algarobeira, sob a luz do luar, na destreza lúdica da sua mocidade…
Talvez seja este o embalo daquela terra: sua gente, sua energia, sua aura, um sopro de vida que inunda a alma e pulmões de tantos quantos por lá tenham o privilégio de, pelo menos, passar fagueiramente para espiar as virtudes, como quem não quer nada, para não deixar à mostra um resquiciozinho de inveja do povo ali concebido, querendo tudo.
Há os que olham.  Há os que vêem.  Felizes os segundos que têm a sensibilidade necessária para apreensão das circunstâncias da vida e para, em identificando-as, com elas entrar em sintonia a fim de não perder o curso natural e harmônico da existência, que, afinal de contas, é curta e deve ser vivida, e bem vivida, intensamente.
Repito: não conheço a sua terra, mas conheço você, razão pela qual acho que não errei nas impressões que tenho dela, obtidas em uma viagem captadas na boléia da sua obra.
Parabéns do admirador, aluno e amigo Abraão Beltrão.

SE ROBERTO CARLOS, SE DIZ QUE É “O CARA”, EU DIGO QUE GONZAGÃO É “O CABRA”!

Como milhões de brasileiros, eu estava ligado na “telinha” ontem, dia de NATAL. E como se repete, nesta época do ano, a TV Globo, promove com exclusividade um Show do Rei.
A presença de convidados com livre trânsito em todas as classes – Arlindo, Teló, Seu Jorge e cinco atrizes da novela Cheias de Charme (TV Globo, 2012), devidamente caracterizadas como suas personagens-cantoras – alargou o rígido eixo estético do repertório de Roberto. A seu modo, o cantor dançou no bailão sertanejo pop de Teló, ao som da inevitável Ai, Se Eu te Pego, caiu no samba com Arlindo, no sucesso Meu Lugar. Com Seu Jorge, Amiga da Minha Mulher (Seu Jorge, Gabriel Moura, Rogê e Pretinho da Serrinha). À vontade no baile black, seu Jorge trilhou antes o caminho soul d’As Curvas da Estrada de Santos (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1969), obra-prima da fase em que o então Rei da Juventude fazia a transição da pueril Jovem Guarda para o repertório adulto. A jovialidade do iê-iê-iê É Meu, É Meu, É Meu (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1968) serviu bem ao jogo de sedução armado em cena charmosa com o fictício trio Empreguetes, acrescido de duas personagens, Chayene (Claudia Abreu) e Socorro (Titina Medeiros), vitalizadas na mesma obra de ficção. Já sem a presença dos convidados, Roberto desfiou em Reflexões seu habitual rosário de pérolas na companhia da Orquestra RC.
O Cenário foi um espetáculo a parte, simplesmente evocou a geografia carioca exposta, através dos Arcos da Lapa, Calçadas de Copacabana e principalmente o CRISTO, que em nenhum momento saiu de cena, brilhou mais do que RC. Mas como crítico e “gonzaguiano´´ que sou e, que venho participando das suas homenagens ao seu centenário, não poderia deixar a minha tristeza de não ter assistido a uma participação de um dos dicípulos do velho LULA. Quem sabe, a nossa Elba Ramalho, cantando Forró número um, ou Alceu Valença, com Xote das Meninas, meu irmão e ídolo Maciel Melo com Estrada de Canidé, ou o nosso Pinto do Acordeon, com “os meus cabelos já começam prateando…´´, e as belas meninas do Clã Brasil, com a Morte do Vaqueiro, ou até mesmo, a neta de Zé Dantas, minha amiga, Marina Elalli, com Sabiá. Com certeza faria muito bem não somente ao Gonzagão e a Dominguinhos, mas uma Nação inteira de Brasileiros e principalmente Nordestinos, que amam os dois REIS, RC e seu LULA.
E eu fico aqui com os meus botões, como nunca houve de RC tal iniciativa, fica aqui a minha sugestão, nomes não faltarão, pois a safra que Gonzagão deixou já é boa. Será que não existe alguma “mágoa” de RC contra Gonzagão? Já que em 1974, em pleno “movimento HIPPIE”, Luiz Gonzaga gravou uma música, em parceria com o compositor, José Clementino, chamada de XOTE DOS CABELUDOS. “Cabra do cabelo grande/ cinturinha de pilão/ calça justa bem cintada/ costeleta bem fechada/ salto alto e um fivelão…” Poderia ser isso, mas o CRISTO que estava ali, marcando sua PRESENÇA, o coração do Rei RC, não merecia isso, ou então a SUA presença (CRISTO) era apenas para compor aquele belíssimo CENÁRIO. Todavia, não quero guardar nenhuma mágoa dentro de mim, mas, RC para ser coerente, deveria retirar do seu repertório, a sua espetacular música, O HOMEM. “Um certo dia um homem esteve aqui/ Tinha o olhar mais belo que já existiu/ Tinha no cantar uma oração/ E no falar a mais linda canção que já se ouviu/ Sua voz falava só de amor/ Todo gesto seu era de amor/ E paz, Ele trazia no coração…
Meus diletos e queridos amigos, se o Rei RC é “O CARA”, o nosso GONZAGÃO é “O CABRA”!